Como lidar com a apatia e a
indisciplina do aluno de hoje sem o considerar como mais um vilão da escola?
Aqui, especificamente, não há
casos registrados de agressão discente a professores, uso de drogas ou bebidas
alcoólicas no interior da escola e outras atitudes vez por outra vistas nos
jornais a ponto de assustar qualquer pretendente à profissão docente. Mas nem
por isso estamos aqui isentos de taxá-lo de diversas formas, considerando-o
desobediente, indisciplinado, insubmisso, inconsequente etc.
Embora muitas vezes faça coro a
essas taxações, tendo a tentar compreender o comportamento do aluno como
resultado de determinantes diversos, percebendo-o como alguém imerso num
contexto de relações onde interagem elementos culturais, econômicos, políticos,
sociais, religiosos, que terminam por conduzir o comportamento das crianças,
jovens e adultos por caminhos pré-definidos, embora não absolutamente.
Não se trata de subterfúgio para
defender aluno, acusação que muito me caía, principalmente quando em funções
administrativas, mas de não ignorar o caráter histórico da existência humana e
as manifestações que assume inclusive nos espaços de formação coletiva.
Agora convenhamos, o difícil é
realizar essa análise histórica dos elementos de diversas ordens que
influenciam o comportamento da comunidade escolar e, a partir daí, agir
conscientemente no sentido de tornar a problemática escola mais compreensível.
Não obstante, considero que reconhecer esse aspecto do nosso trabalho já é um
passo significativo.
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