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Numa aula de sociologia hoje apresentei à turma os 24
deputados da Assembleia Legislativa do Tocantins. É uma turma de 3ª série e
estamos estudando aspectos políticos, econômicos e étnicos do estado. Veio-me à
mente o fato de que os alunos do ensino médio podem concluir o curso e não
conhecerem sequer a quantidade de deputados que a nossa Assembleia Legislativa
tem.
Mas a ideia não era apenas fazer conhecer os deputados aos
alunos. Iniciei a aula falando-lhes sobre o fato de ano que vem ser ano
eleitoral e não termos critérios definidos para escolhermos os candidatos – ou,
aliás, nós os temos mas viciados, pois se baseiam no interesse pessoal ou simplesmente
na indicação do cabo eleitoral, do representante político, do assessor, do pai,
etc.
Orientei-lhes que estejam atentos à ideologia política à
qual determinado candidato está filiado. O que na verdade é um problemão, pois
não há ideologias políticas definidas no estado, ao que parece, pois os
políticos mudam de partido sempre que a lei permite e fazem as pazes com aqueles
que antes lhes pareciam inimigos mortais. De qualquer modo a ideologia política
será um elemento importante quando o candidato souber que o eleitor a considera
importante.
Além da ideologia política, que estivessem também,
orientei-lhes, atentos ao segmento social representado por um candidato. Ele representa o empresariado, o agronegócio, os servidores públicos,
os trabalhadores, a qualidade do ensino ou da saúde, a segurança, a qualidade
das vias de transportes, etc.? Isso é essencial, pois muito provavelmente um
defensor ferrenho do agronegócio não seja muito simpático às questões ambientais,
ou um político afeito à indústria não privilegie os direitos trabalhistas.
Entretanto, para que esses critérios comecem a ser observados pelos eleitores
critérios viciados como os do interesse particular precisam ser preteridos. Há
ainda aqueles que simplesmente defendem o governo, a governabilidade, ficando
qualquer outro interesse em condição secundária. Esses políticos parecem
beneficiar-se com essa atitude, na medida em que o acesso a cargos e funções em
órgãos do estado lhes são disponibilizados, além de outros privilégios
específicos dos que compõem a base do governo. Aliás, até a mentalidade popular
parece não reconhecer vantagens em políticos de oposição, pois estes não podem
ajudar a ninguém.
Depois disso passamos a observar os deputados tocantinenses
dispostos em página específica do site da Assembleia Legislativa[1],
alguns familiares, outros não, alguns tão díspares e distantes, outros “do quintal
de casa”. Isso não importa – ano que vem provavelmente baterão às nossas portas
e confrontá-los de forma responsável tornará nosso estado melhor e, por
extensão, nosso país.
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