O contato com a sala de aula nos permite utilizar o próprio
saber ensinado e aprendido no dia-a-dia para compreender o cotidiano e até
mesmo refazer os saberes que acumulamos e ensinamos.
Uma situação de violência, por exemplo, como uma presenciada
e mediada por mim recentemente – algo raro, é a primeira vez que me defronto
com uma situação daquelas em sala de aula – , fez-me tecer considerações sobre
a natureza da violência, sua origem ou causa, algo que atualmente discuto com
as turmas da 1ª série do ensino médio.
A espontaneidade ou naturalidade com que algumas pessoas
(jovens, adolescentes, inclusive) se dispõem para resolver conflitos pela
violência nos faz tender a aceitar que a maldade é inerente ao ser humano. E
isto é o que afirmam as tendências instintivistas, ou seja, a maldade e a
violência fariam parte da própria fisiologia dos seres humanos. Assim como o
instinto da sede, da fome ou do sexo, a violência também seria inerente aos
seres humanos, não havendo alternativa para suprimi-lo senão suprimindo,
disciplinando ou sufocando algo que faz parte da própria humanidade das
pessoas. Uma visão cristã não diverge muito do instintivismo, na medida em que
também considera a maldade como algo que acompanha o gênero humano desde a queda de Adão, ainda que a origem mesma da
maldade esteja num evento anterior aos seres humanos, isto é, na desobediência
de Lúcifer na corte celestial, desobediência esta repetida pelo primeiro homem
no Jardim do Éden. Para o Cristianismo, porém, a maldade e a violência poder
ser atenuados pela conversão à fé cristã e totalmente aniquilados num futuro
previsto – os novos céus e nova terra.
Uma tendência socioambientalista, por outro lado, apresenta
a questão da maldade como oriunda do próprio contexto social em que os seres
humanos se desenvolvem enquanto pessoas,
dependendo o comportamento humano do contexto social em que se vive, se é
pacífico ou violento. Esta tendência é complicada, pois sugere que o
comportamento humano pode até mesmo ser previsto a partir de uma compreensão
dos diversos espaços de socialização humanos, o que termina por motivar
generalizações sobre as pessoas em geral.
Diante deste quadro explicativo complexo e variado cabe ao
professor também informar-se a respeito destas tendências e elaborar um
referencial explicativo para compreender e fundamentar suas ações enquanto
educador. Talvez a solução não esteja em adotar um destes referenciais
isoladamente, em prejuízo absoluto dos demais, mas analisar de que modo cada um
deles se presta a explicar o contexto da violência e estar mais bem preparado para
lidar com situações em que várias formas de violência se manifestam.
Um bom exemplo a se espelhar é o de Gandhi. O líder Indiano propôs a não-violência num ambiente(contexto) totalmente desfavorável...ao invés do revide num confronto direto...partiu para luta "pacífica", com a desobediência civil e boicotes.
ResponderExcluirNo caso dos alunos, parece uma tendência partir para os "tapas", como uma forma de ser o valentão e se impor.
Ao que parece, "oferecer a outra face", é algo que está extremamente longe.
TIVE O PAZER DE CONHECE-LO E PRINCIPALMENTE TER SIDO SEU COLEGA DE PROFISSAO E AMIGO DE INFANCIA. É BOM SABER QUE CONTINUA SENDO UM EXCELENTE PROFISSIONAL E DE VISAO FUTURISTA. QUE VC E SUA FAMILIA TENHAM UM FELIZ NATAL E UM FELIZ ANO NOVO. ASS. FRANCISCO DE ASSIS CARVALHO SANTOS - EX-PROFESSOR DO CEJMS
ResponderExcluirTIVE O PRAZER DE CONHECE-LO E PRINCIPALMENTE TER SIDO SEU COLEGA DE PROFISSAO E AMIGO DE INFANCIA. É BOM SABER QUE CONTINUA SENDO UM EXCELENTE PROFISSIONAL E DE VISAO FUTURISTA. QUE VC E SUA FAMILIA TENHAM UM FELIZ NATAL E UM FELIZ ANO NOVO. ASS. FRANCISCO DE ASSIS CARVALHO SANTOS - EX-PROFESSOR DO CEJMS
ResponderExcluirO prazer é meu, Francisco!
ResponderExcluirObrigado e igualmente desejo-lhe um feliz natal e um 2013 repleto de conquistas e de muita felicidade.
Apareça mais vezes!